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A quarentena e as emoções

Todos estamos vivenciando as consequências do Coronavírus, não somente no que se refere à saúde, mas à economia, meio-ambiente, política, família e, principalmente, às nossas emoções.
A falta de liberdade aumenta a irritabilidade, afeta o sono, a tensão cresce, a ansiedade consome e tudo isso é um prato cheio para a chegada da depressão. Como se não bastasse, as pessoas estão pondo à prova os seus relacionamentos, exatamente por precisarem conviver, nessas condições umas com as outras, sem qualquer espaço.
E o que fazer? Tenho analisado o contexto buscando responder como eu posso agir ante o cenário difícil, uma vez que não tenho como auxiliar na confecção da vacina, nem no extermínio do vírus. Porém, posso trabalhar no meu emocional, buscando caminhos para alimentar os meus anseios e minimizar as minhas angústias. Egoísmo? Não, porque quanto melhor estivermos, mais seremos capazes de ter empatia, ajudar e compreender os que nos rodeiam.
Necessito de um tempo só para mim, amo viajar, encontrar os parentes, os amigos e abraçar, abraçar muito. Como ainda não é possível resolver todos esses pontos, resolvi começar pelo tempo e pela viagem. Viagem? Sim, estou viajando sem sair de casa. Entreguei-me às leituras e à escrita, e com isso alcanço distâncias inimagináveis, aliviando o stress. Procuro temas que me tirem do dia a dia (amo ficção), amores impossíveis ou improváveis (adoro romances) e um bom suspense (que tento desvendar desde as primeiras páginas).
É verdade que amo ler e é verdade também, que sou escritora, por isso indico esse caminho, que, para mim, é maravilhoso. Mas a mensagem que quero passar é a de que sempre há um caminho de escape benéfico para qualquer um de nós. Na verdade, há muitos, mas como perdemos o nosso rumo de forma abrupta, ainda estamos nos reencontrando. E esse caminho pode ser simples, compensador e mais barato do que um tratamento médico, como a pintura do vaso da sala, o curso online de moda, de escrita, o estudo sobre finanças, a leitura daqueles livros que estão parados na estante, o aprofundamento do plano para concretizar o próximo objetivo ou sonho de vida, ou somente o exercício do tricô. É só dar o primeiro passo. Que tal?

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