Vamos quebrar um paradigma? (E. E. Soviersovski) Neste período em que são apresentados “5…
Constantemente me pergunto: por que acreditamos que somos os piores em tudo? Não estou me referindo ao indivíduo que habita em cada ser, mas a um conjunto chamado Brasil. Acreditamos que não somos criativos, que não temos capacidade de nos estruturar, que os livros internacionais são sempre os melhores, assim como as peças de teatro ou filmes, e esses são apenas alguns exemplos.
Sim, ainda somos um país do chamado Terceiro Mundo e temos muito para crescer. É claro que com uma economia mais desenvolvida, nós, brasileiros, teríamos melhores condições em todos os segmentos (não vou falar aqui de política, até porque teria que comentar meio século de vivência), mas esse é um fato relevante. Entretanto isso não tira o brilho da nossa capacidade.
Todos os países têm problemas, seja de que natureza for, mas o fato é que não valorizamos o que temos de bom. Trabalhei por anos em uma empresa global, onde os nossos colegas do primeiro mundo, mais de uma vez aprenderam conosco. Sim, norte-americanos e ingleses seguindo soluções dadas por brasileiros.
Não precisamos supervalorizar a nossa capacidade, mas somos criativos e competentes, então que tal olhar com mais carinho para o que é nosso? Para o cinema nacional e também para as séries brasileiras? Há várias que fizeram grande sucesso em 2020 e 2021, como “3%”, “Bom Dia, Verônica” e “Cidade Invisível” dentre tantas outras. E estamos falando, respectivamente, de distopia, thriller, e fantasia que envolve o folclore brasileiro, portanto é ótimo ver que a nossa cultura está conquistando a audiência em gêneros dominados por outros países. E digo o mesmo para os livros (não poderia deixar de falar nisso, não é?): eu te convido a dar uma olhada com mais carinho nas histórias que acontecem aqui, tem personagens daqui e/ou são contadas por autores daqui. Romances, fantasias, distopias, thrillers (“Bom Dia, Verônica” é uma adaptação do livro de Raphael Montes e Ilana Casoy), ou escolher o gênero que preferir. Dê essa chance antes de devolver o livro à prateleira ou rolar a página do seu dispositivo digital em busca de outras alternativas. Você pode se surpreender… de forma positiva.