Vamos quebrar um paradigma? (E. E. Soviersovski) Neste período em que são apresentados “5…
O Romance Moderno
(E. E. Soviersovski)
Estamos em um “momento” em que os relacionamentos começam e terminam rápido demais, ou não saem do patamar de “encontros”. Aparentemente não há esforço para manter a relação. Não são muitos os que lutam para preservá-la, nem os que reconhecem que precisam melhorar empenhando-se em prol desse objetivo, ou que aceitam os defeitos do seu par. Aqui cabe um esclarecimento: não estou dizendo que todas as relações devam ser mantidas a qualquer custo ou qualquer defeito deva ser aceito. Só penso naqueles amores que poderiam ser resgatados e fortalecidos, mas que depois da primeira turbulência já são rompidos.
Outro ponto interessante é a velocidade com que nasce a intimidade entre muitos casais. Também não há aqui nenhum apelo ao moralismo. Apenas uma reflexão de o quanto as pessoas se jogam de cabeça em algo que, em pouco tempo, podem querer se afastar.
Mas por que resolvi trazer esse assunto para esta coluna? Há algumas semanas comecei a assistir uma novela turca chamada Sen Çal Kapimi – uma comédia romântica –, traduzida para o português como “Será isso amor?” Vi pelo Facebook, e ela traz um casal que no início se odeia, mas acaba se envolvendo, dentro de um contexto leve e divertido (superclichê). É claro que tem toda uma história por trás, os personagens são bem construídos, o cenário é lindo, mas o ponto que trago é que durante os 52 capítulos da novela (formato original), todos os beijos dos protagonistas são castos. O que impera é a intenção de sedução. O olhar que fala mais do que mil palavras, a atitude em prol do outro ou da relação e o envolvimento dos dois que vai acontecendo aos poucos.
A premiada série, apesar de divertida, apresenta algumas situações inverossímeis, assim como, em determinados momentos, alguns personagens têm comportamentos infantis. Talvez ela pudesse ter sido desenvolvida em menos capítulos, evitando passagens desnecessárias, ou, ou, ou… O fato é que mesmo esperando uma cena um pouco mais quente entre o casal, eu me apaixonei pela história e não desgrudei dela até o seu final. Eu e outros milhões de telespectadores, não só da Turquia, onde o sucesso foi enorme, e onde a censura diz que os beijos nas novelas não podem ter “caráter erótico”. Lá, no capítulo final, a série teve cerca de 8 milhões de menções somente no Twitter (mais do que Game of Thrones), e no Brasil, ela atraiu milhares de espectadores ainda pela internet (agora ela está na HBO Max).
Então a pergunta que fica é: o que é que tem nessa história de amor que mantém tantos espectadores cativos? Uma relação sólida que vai sendo construída aos poucos com carinho e respeito? Mas isso não é coisa do passado? Ou será que muitos ainda buscam um amor assim? Tenho refletido muito sobre isso… E você, o que acha?
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