Você consegue

Você consegue!

(E. E. Soviersovski)

O nosso viver é repleto de desafios. Não conheço um ser humano sequer que não tenha problemas, e é claro que esses problemas diferem de pessoa para pessoa, mas a forma de enfrentá-los é que nos guia e nos singulariza.

Antes de mais nada é importante ter em mente, que sempre há um caminho, uma alternativa, para seguir em frente. Pode ser através de um amigo, parente, uma professora, alguém que renegocie as suas dívidas, um tratamento médico ou uma terapia que pode te ensinar a essência de ressignificar.

Nessa semana ouvi, pela primeira vez, a palavra Biblioterapia. Você sabe o que ela significa? Trata-se de uma terapia complementar, que usa a leitura de livros que incluem um problema, o qual uma pessoa ou um grupo precisa encarar. Pode ser realizada com adultos e crianças, utilizando as personagens das histórias para ilustrar a superação dos acontecimentos. A ideia é que cada pessoa ou grupo de pessoas (que passem por problemas similares) tenham nas sessões de Biblioterapia um livro, indicado por um especialista, que mostre em sua história como a personagem lidou com a situação.

Quando os sentimentos são desconhecidos, a ansiedade e a preocupação aumentam, e a pessoa não sabe como lidar com a situação em questão. À medida que, na leitura, ela se depara com personagens com o mesmo problema, isso gera um alívio nas aflições, porque a pessoa passa a entender que pode resolver o seu revés.

Assim como os transtornos emocionais, a Biblioterapia também não é algo recente. Estudos apontam que a prática de usar a leitura como uma alternativa de cura ocorre desde a época dos faraós. As primeiras experiências com essa técnica foram aplicadas entre os anos de 1802 a 1853 por médicos norte-americanos, que acreditavam que a leitura de livros selecionados cuidadosamente, e adaptados às necessidades dos indivíduos era uma das melhores receitas para seus pacientes hospitalizados

É importante ressaltar que há dois tipos de Biblioterapia: se estivermos falando da Clínica, somente psicólogos ou psiquiatras podem aplicar. Mas se for a de Desenvolvimento, qualquer profissional pode utilizá-la, desde que tenha realizado curso específico para tal. E ambas devem fazer uso de literatura inerente a cada caso, devidamente controlada por esses profissionais.

Eu fiquei encantada, porque por mais que, para mim e para muitos, a leitura por si só já seja uma terapia, o fato desse “exercício” – vou chamar assim –, ajudar as pessoas a resolverem problemas, é incrível. Mas, o mais importante, é ter a convicção de que não é preciso se desesperar. Há sempre um caminho, o qual você pode trilhar. Saiba que possui uma força maior do que a que acredita ter e desistir não é uma opção. Então, você consegue.

Fontes https://jornal.usp.br/campus-ribeirao-preto/leitura-pode-ser-uma-boa-aliada-no-cuidado-com-a-saude-mental/ //  https://encurtador.com.br/zldGQ

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