Mudanças

Mudanças

(E. E. Soviersovski)

O quanto você se adapta a mudanças? Tem duas frases sobre elas que mexem muito comigo: “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças.” (Leon C. Megginson). Essa frase me leva às reflexões profundas, pensando no que estamos vivendo atualmente.

Para aqueles que, como eu, nasceram no século passado talvez essas muitas transformações sejam mais evidentes. Começando pela tecnologia: antes anotávamos tudo em cadernos e bloquinhos (simplistamente falando), fazíamos pagamentos com talões de cheque, e usávamos somente a telefonia fixa, citando apenas atitudes corriqueiras de qualquer cidadão. Ligações de vídeo, só existiam em Os Jetsons, você lembra desse desenho animado do século XX?

Mas fora isso, conceitos mais profundos estão mudando. A família hoje pode não ser mais constituída como no passado, e a discussão sobre identidade de gênero é algo com que estamos aprendendo a lidar. E antes que se comente que essas frases são preconceituosas, não, não são, porque a única coisa que estou dizendo é que são concepções diferentes das do passado, nem melhores nem piores.

E os cancelamentos? Com a chegada das redes sociais, ficou muito mais fácil “cancelar” alguém. Pode ser devido a algum ato ilícito, violento, absurdo ou o adjetivo que se dê, ou por nada disso. É simples assim. Do mesmo modo que alguém pode ganhar milhões de seguidores com conteúdos relevantes ou meramente fúteis, bastando conquistar o público.

Viu quantas mudanças? Só estas já avalizam a frase que citei acima, evidenciando novos paradigmas. E como estamos falando desses desafios de nos adaptar ao novo, a segunda frase a que me referi é: “Inteligência é a capacidade de se adaptar à mudança”, (Stephen Hawking), que trata a inteligência de uma forma um pouco diferente da do professor Leon, mas que, do mesmo modo, não tenho dúvidas, é uma provocação para tirar muitas pessoas do casulo, mantendo-as na ativa. O meu pai, por exemplo, tem quase 90 anos e usa muito o celular.

Mas e a literatura? Dentro desse cenário, muitos livros de ficção e não-ficção têm focado nos temas que mencionei. Os de ficção passeiam pelos mais diversos gêneros literários, envolvendo esses temas, o que nos garante histórias inovadoras. Os livros hot, ou com apenas algumas cenas de sexo, (como os meus) também podem ser considerados recentes. Já os com heroínas adultas ou adolescentes estão em alta, evidenciando o poder e a capacidade da mulher. E agora, muitos protagonistas apresentam características físicas das mais variadas, afinal independentemente de raça, cor, peso, altura, etc, etc, todos têm suas histórias para contar, não é? E podem lutar, vencer, conquistar e brilhar.

Então pergunto: o quanto você está adaptado a todas essas mudanças? E eu só comentei aqui sobre algumas. Tem as climáticas, as empresariais, jurídicas, políticas, a longevidade das pessoas, muito maior que a das antigas gerações, e muitas outras. E tudo isso vem acontecendo no planeta todo, não somente no Brasil. É importante lembrar que essas transformações ou renovações sempre ocorreram, talvez agora só com mais velocidade (outra novidade).

E então, está adaptado(a) ao mundo novo? Se sim, parabéns! Veja, não estou dizendo que é preciso aceitar tudo para viver bem, mas com o seu discernimento, ajustar-se da melhor forma para não transformar todas essas novidades em obstáculos. Isso é viver, aprender constantemente, crescer, analisar e ponderar. E já que hoje estou filosofando, será que não é esse o motivo de estarmos aqui?

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