Vamos quebrar um paradigma? (E. E. Soviersovski) Neste período em que são apresentados “5…
Não sei você, mas eu faço lista para tudo. Para as atividades do dia, da semana, para o supermercado, para o que é necessário arrumar em casa, presentes de Natal, dentre tantas outras. E mesmo assim, tem alguns itens que vão ficando para trás. Quando são irrelevantes, tudo bem. Para aqueles que desisto por alguma razão, tudo bem também. Mas há os que são importantes, que sempre constam nas listas e acabo constantemente empurrando para um cantinho sem um motivo aparente. Ou porque penso que posso fazer a qualquer momento, ou então, por conta dos afazeres do dia a dia. Isso já aconteceu com você?
Há alguns meses, conversando com uma amiga querida que contraiu o coronavírus, ela me contou que quando soube que estava infectada o primeiro pensamento que lhe veio foi: “não vai dar tempo de fazer tudo o que preciso em 14 dias”, (pensando no tempo máximo de manifestação dos sintomas, sem querer entrar aqui na precisão médica se esse número está correto ou não). Fiquei com essa frase formigando na cabeça e desde então, reavaliando as minhas prioridades.
No último domingo, meu amado tio saiu para caminhar, como sempre fazia, e, ao atravessar a rua, foi atropelado, vindo a falecer. Simples assim. Num minuto estamos aqui, sorrindo, caminhando, fazendo planos e no seguinte… ninguém sabe. Foi um tremendo baque, porque mais uma vez os acontecimentos mostram que é preciso viver o ‘aqui agora’. Por isso passei a me perguntar: eu disse ‘eu te amo’ para todos a quem realmente amo? Estou demonstrando carinho suficiente por quem estimo? Ajudei quem sei que posso ajudar? Deixei acertado tudo o que está enrolado? Tive a coragem suficiente de realizar aquele grande sonho ou ainda vou deixar pra depois?
Resolvi escrever sobre isso porque essas reflexões vêm de encontro com o que esses dois últimos anos têm me mostrado sobre como é possível viver bem com pouco, o que me dá uma liberdade maior de focar no que de fato importa.
Então, fica a dica: viver o presente de forma consciente e não automática, e fazer agora o que tem – verdadeiramente – importância, porque talvez não haja um depois.