Vamos quebrar um paradigma? (E. E. Soviersovski) Neste período em que são apresentados “5…
Etarismo
(E. E. Soviersovski)
Esta é uma palavra que, certamente, hoje é bem mais conhecida do que há algumas semanas, quando foi divulgado um vídeo, onde 3 jovens debochavam de uma colega de 45 anos, matriculada no mesmo curso que elas. Mas, antes de mais nada, vamos explicar o termo: etarismo é discriminação ou preconceito em razão da idade, nomeadamente aversão a pessoas mais velhas ou à própria velhice (https://www.dicio.com.br/etarismo/).
De algum modo, o fato de ter uma pessoa de mais idade na mesma turma mexeu com (ou incomodou) as meninas. A pergunta que faço é: por quê?
De acordo com o IBGE, o envelhecimento da população brasileira aumentou em 2021, se comparado a 2012, devido à melhora na qualidade de vida, o que leva a maior longevidade, e à diminuição das taxas de natalidade, entre outras razões. E esses números refletem na economia, por isso as regras para aposentadoria vem acrescendo a idade de homens e mulheres no mercado de trabalho. Então já estamos, e estaremos, vivendo em um país onde a população ativa, economicamente falando, tem cada vez mais idade, o que, aliás, é uma tendência mundial.
Porém, não considerando as estatísticas de longevidade, tendências, nem necessidades de mercado, o que leva pessoas ao etarismo? Não falo somente das jovens do curso de Biomedicina – o caso que citei –, mas de tantos outros indivíduos, que não saberia nem quantificar aqui, que pensam do mesmo modo que elas. Qual é o mal de se realizar um sonho depois dos 40 anos de idade? Ou 50? 80, 90 ou com a idade que for? Se o desejo é produzir ou apenas adquirir conhecimento, por que não? Alguém com uma experiência única de vida talvez possa ajudar de forma diversa, inventar, desenvolver, aprimorar processos e/ou soluções e fazer a diferença no viver de uma ou mais pessoas, tanto quanto qualquer outro ser humano.
Eu mesma, publiquei o meu primeiro livro após os 50. E posso dizer, que amo o que faço. Já imaginou um país – e por que não o mundo – repleto de pessoas fazendo o que amam, mesmo depois de idosas? Certamente, seria um mundo mais leve e saudável. Então, na atual conjuntura, se alguém me perguntasse qual(is) a(s) bandeira(s) eu empunharia para que isso acontecesse? Com total segurança, responderia: a do respeito!
(Fontes https://tinyurl.com/697mbx2a — https://www.infoescola.com/geografia/piramide-etaria-do-brasil/ —https://tinyurl.com/yrvfmdus )
Minhas redes sociais:
Site: www.eesoviersovski.com
Facebook Fanpage: https://www.facebook.com/eesoviersovski/
Instagram: https://www.instagram.com/eesoviersovski/