Literatura Clássica, Comercial, e de Entretenimento

Literatura Clássica, Comercial, e de Entretenimento

(E. E. Soviersovski)

Você sabe a diferença entre a Literatura de Entretenimento, a Comercial e a Clássica?

Um texto considerado clássico é capaz de abordar temas universais e explorar a condição humana de uma forma profunda e duradoura, levando-nos a refletir sobre a nossa própria humanidade. Ele contém uma linguagem elaborada, um estilo literário refinado e a capacidade de permanecer relevante e com significado ao longo do tempo, ou seja, ser atemporal. Para um livro se tornar um clássico ele precisa fazer a diferença na literatura nacional, ou mundial, servindo de inspiração para futuras obras literárias, e esse processo pode demorar anos. Não tenho dúvidas de que você já ouviu falar de alguns desses autores clássicos: William Shakespeare, Miguel de Cervantes, Homero, Dante Alighieri, Jane Austen.

A Literatura de Entretenimento atende um público amplo, desejoso de uma ficção despretensiosa, boa para passar o tempo, com uma leitura menos pesada, descomplicada, um enredo criativo e atraente, mas capaz de gerar discussões. A história tem começo, meio e fim bem definidos, e é contada sem apelar para clichês ou fórmulas para obter sucesso. Exemplos de obras consideradas como de Entretenimento: Harry Potter, Percy Jackson, Crônicas de Nárnia.

A Literatura comercial, por sua vez, não é um termo que se refere a livros populares de ficção que estourem em vendas, mas aos que são feitos, desde sua idealização, escrita, ajustes, até a edição final e publicação, com um único objetivo: vender. Muitos dos livros “hot” atuais são caracterizados como tal.

E isto basta para gerar centenas de discussões. Há quem diga que nove décimos da nossa literatura atual não têm nenhum outro objetivo a não ser tirar alguns trocados do bolso do público, e que para isso o autor, o editor e o crítico literário compactuam. Por outro lado, muitos defendem estes livros comerciais justamente pela capacidade de atrair o público jovem e/ou não leitor, entretanto há os que afirmam que este mesmo público acaba ficando viciado neste tipo de livro raso, leve, e não caminha em frente, não voa mais alto, permanecendo no mundo de literatura comum, medíocre.

Há quem acredite que a Literatura de Entretenimento tenha desvalorizado o livro como obra de arte. Quando, há poucos anos, o Prêmio Jabuti, o mais tradicional prêmio literário do Brasil concedido pela Câmara Brasileira do Livro, criou a categoria “Romance de Entretenimento”, isso gerou várias discussões e questionamentos. Mas eu pergunto: a Leitura Clássica não entretém? A de Entretenimento não vende? E não há obras Comerciais marcantes? Eu superconcordo com a diversificação dos livros obrigatórios nas escolas, até porque enquanto alguns podem amar os Clássicos, outros podem se apaixonar pelos de Entretenimento, uma vez que possuem uma escrita mais simples e histórias cativantes e leves.

Não tenho preconceito quanto à Literatura Comercial, até já li algumas de suas obras, assim como já li obras Clássicas e também, de Entretenimento. Particularmente, acredito ter público para as três propostas, mas o que defendo é que, para todas elas, a qualidade seja imprescindível, não só na linguagem, como no enredo e desenvolvimento da história. Qual a sua opinião a respeito dessas classificações? (Vou deixar logo abaixo vários links para você se aprofundar mais sobre o tema.)

Fontes: https://aulanotadez.com.br/glossario/o-que-e-literatura-classica  //  https://abrir.link/1DQ36 // https://abrir.link/bgFIb //

https://abrir.link/DMeMg //

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