Vamos quebrar um paradigma? (E. E. Soviersovski) Neste período em que são apresentados “5…
Desconhecemos o poder que o nosso cérebro possui, ou melhor, o poder que temos com ele. Nessa semana, ouvindo a palestra do “meu” Mestre, ele deu o exemplo de que quando planejamos uma viagem, com as informações, as imagens que pesquisamos e o GPS para fechar o roteiro, ao concretizarmos esse plano, estamos indo para lá já pela segunda vez.
Não entrando no mérito da potencialidade cerebral em si, nem do conceito de dimensões ou pensamentos que podem ser temas para inúmeras outras discussões, mas me mantendo sob o viés literário, eu me sinto a mais poderosa das deusas. Porque como escritora, posso dar vida ao mais perfeito dos seres, ao pior deles, posso criar mundos íntegros, governos que se preocupam com a população ou ditadores assassinos. Fazer justiça com as próprias mãos, pagar dívidas incalculáveis, sem sair de casa e sem tirar um centavo do bolso. Viajar pelo interior doentio das pessoas, cometer atrocidades sem causar danos ou viver o que no mundo, chamado real, seria inconcebível.
Entretanto, isso não teria o mesmo valor se não pudesse levar outros nessas elucubrações. Sim, os leitores são parte disso tudo. Como leitora, também viajei por mundos de fantasia, com seres estranhos aos humanos, ri muito, chorei, desejei a morte de alguns e o nascimento de outros. Encontrei a coragem que precisava e que estava escondida, e acordei a força que adormecia.
Mas o mais importante é que, desse modo, saio da densidade do dia a dia e adentro o mundo da magia, a magia das palavras, da imaginação, recarregando as minhas energias para continuar acelerando. E constantemente me questiono se é magia… será mesmo?