Reflexões

Reflexões

(E. E. Soviersovski)

O calendário é uma (mera) convenção. E mesmo assim, quase que de forma involuntária, o início do chamado “ano seguinte” é um convite para encararmos as reflexões que surgem sobre os acontecimentos do ano anterior. O que fizemos e não fizemos, onde crescemos ou erramos, quais as próximas metas, e quais os planos para as atingirmos. 

Na verdade, seguimos sempre em frente e o fato de, após 365 dias, retornarmos ao mesmo mês, porém do ano seguinte, nos dá aquela sensação de que o tempo é cíclico. E é. Sqn. Hahaha… Sim, sim, é claro que, devido ao movimento de translação da Terra (caminho percorrido ao redor do Sol), a cada 365 dias, o nosso planeta se encontra na mesma posição que no ano anterior, mas não é de Astronomia que estou falando. É de como as convenções, baseadas nela, nos afetam.

Neste ano que acabou de terminar, tive vários problemas de saúde, alguns tão inusitados… Lancei meu segundo livro, tive contos em 3 antologias e os meus primeiros audiocontos. Ao mesmo tempo em que curti esses lançamentos, eu me deparei com algumas situações que mexeram muito comigo, atingiram o meu emocional assim sem rodeios, o que me fez questionar vários pontos do viver… mas que me fizeram sair da inércia e agir. Falando sobre questionamentos, também me vi repensando o meu próprio comportamento com os mais próximos, porque não é fácil ouvir que estamos errados o tempo todo, até porque não é verdade, não é? Mesmo os que acertam na maioria das vezes, cometem erros. E os que mais falham, não o fazem o tempo todo.

 Observando o cenário mundial e também o brasileiro, eu senti medo (como há muito tempo não sentia), e confesso que ainda estou insegura, pois não sei até onde os seres humanos podem chegar (inclusive na política), e, consequentemente, qual o futuro do país e do planeta… Outro ponto importante é que pesquisando sobre o comportamento da humanidade, observam-se tendências que indicam que o que era moda até pouco tempo, pode estar comprometendo o meio ambiente, então costumes anteriores a tal moda, acabaram retornando (comprovando a ciclicidade), com a diferença de virem com uma tecnologia mais avançada. Será que muitas das soluções que precisamos estão no passado?

Enfim… dentre tantas elucubrações, o momento me faz analisar novas possibilidades, avaliar as decisões tomadas, pôr na balança o que valeu a pena, e o que não valeu. Desapegar, entender no que ainda preciso melhorar e o que devo parar de fazer. Qual a melhor forma de agir, e quais os planos para o ano. Aliás, como é bom fazer planos! E alcançá-los é melhor ainda… Porém o mais importante é se permitir tentar e tentar. Ajustar o caminho a seguir, e crescer. Sempre. E se decidirmos fazer o balanço e as reflexões somente na “virada de ano”, que assim seja. Mas que sigamos sempre em frente, e da melhor maneira. 

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